Não interessa aos libertários saber quantos são, pois nas suas hostes não se recrutam agentes do poder e muito menos se atribuem números aos militantes. (carlos fonseca)

"Sou um bug ou dois na minha vida". (lena berardo)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Mundo Cão

Mundo Cão - Anos de bailado e natação

Decidi ouvir o que enviaste.
Gosto muito, mas mesmo muito de Mundo Cão.
Quanto à música Anos de Bailado e Natação, já que queres falar nisto, tenho a dizer-te que os gajos não têm bem noção do que é um corpo de uma mulher.
Aliás, nem as próprias mulheres... Ando a ver uma série (Orange is the new Black), que retrata a vida numa prisão feminina nos States.
Há um episódio onde se pode ver o que acabei de dizer. Uma das reclusas dá uma aula de anatomia às outras reclusas acerca da constituição do órgão sexual feminino.
É impressionante a quantidade de tabus que existem à volta do corpo da mulher...

Voltando à música, será que não sabem que quando se pratica muito bailado e natação não há hipóteses de grandes maminhas? Acho que basta ver algumas bailarinas e nadadoras... É incompatível!
Ou se tem grandes boobs ou se é boa no bailado e natação. A não ser que o bailado queira dizer contorcionismo e a natação esteja relacionada com a capacidade de reter a respiração, que ajuda muito numa outra coisa, que não vou referir para não ficares a pensar cenas. o
Também há as hipóteses de não se ser boa na natação, no bailado ou as boobs podem ser de silicone, mas não sei o que pensas disso.
Eu acho que desde que sejam umas maminhas bem feitinhas está tudo muito certo.

Quanto à grande língua, nesse campo não tenho grandes problemas nem questões.
Quando me inscrevi no Blá Blá Car até disse que sou uma condutora "Bla Bla Bla", se é que percebes. Havia mais duas opções: a "Bla" e a "Bla Bla".
Sou muito comunicativa, como se pode ver até por esta prosa.
Mas também gosto muito dos silêncios, que por acaso até correm bem contigo. Não és de me chatear porque estou calada. Se calhar até preferes... Nunca pensei nisso e acho que também vou deixar esses pensamentos de lado.

Vou agora à parte de ouvir esta canção: já conhecia e ouvi outra vez. Tudo dito!

O ir para a prisão é a parte mais simples de ter que cumprir os requisitos desta canção.
Há lá maior prisão do que viver nesta terra onde vivo?


Beijos

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Musícas de séries de TV - Soft Cell

Take your hands
Off me, please
I don't belong to you, you say
And take a look in my face
For the last time
I never knew you
You never knew me
Say hello, goodbye

Soft Cell - Say Hello wave goodbye


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Clube de Leitura em Voz Alta

Hoje devia ter ido ao Clube de Leitura em Voz Alta.
Não fui.
Não fui porque tenho andado com bronquite que é uma coisa que me deixa cansada. E depois, o frio lá fora é tanto, que depois da noite de sábado, convém que tenha mais cuidado.
Além do mais a preguiça é uma coisa que me assiste, de vez em quando.
O tema era o namoro.
Tinha preparado uns poemas da Adília Lopes, de quem gosto muito. Como poetisa, claro, porque não a conheço pessoalmente. Já fiz um trabalho sobe ela. É uma pessoa muito interessante,

Contrariamente a mim, que ainda não consegui um namorado - não nos esqueçamos dos tema do clube - para festejar o tal do dia 14 de Fevereiro.
Desde que este dia se comemora, não me lembro de o ter comemorado com alguém...

Não quer isto dizer que tenho andado solitária durante estes anos todos. As cenas não chegam é a Fevereiro.
Vou fazer um inquérito no facebook, para arranjar candidatos para o ano.
Assim uma coisa simples, para ter que durar apenas aquele dia, tipo 24 horas. É suficiente.
Só para entrar naquela do consumismo e ter que comprar um coeur a alguém. 

Sim, isto dos namoros, muitas das vezes não tem a ver com amor. É mais uma coisa de valores. Financeiros, claro.
Agora vou deixar aqui um dos poemas da Adília, que tinha preparado para hoje. Acho que as pessoas não iam gostar muito.

Mas eu gosto.

"Meteorológica (para o José Bernardino)

Deus não me deu 

um namorado
deu-me 
o martírio branco
de não o ter

Vi namorados
possíveis
foram bois
foram porcos
e eu palácios
e pérolas

Não me queres
nunca me quiseste
(porquê, meu Deus?)

A vida 
é livro
e o livro 
não é livre

Choro
chove
mas isto é 
Verlaine

Ou:
um dia 
tão bonito
e eu 
não fornico."


terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Estado político

É interessante ver como as ditaduras de aceitam e as democracias se debatem.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Durmo todos os dias com uma pessoa diferente.


Não gosto de me deitar com a mesma pessoa todos os dias. Digamos antes, todas as noites.
Gosto de conhecer outras pessoas e dormir com elas. Ou com algo que obtenha delas.
Vocês gostam da monotonia?
Eu não. Canso-me. Aborreço-me. Faço os possíveis por me distrair.
Por isso ler é tão importante. E ver filmes. E viajar. Até as idas ao Facebook.
Transformo-me todos os dias. Uns mais, outros menos...
Mas nunca sou a mesma pessoa.
Reinvento-me diariamente. Por vezes até mais que uma vez por dia.
Durmo todos os dias com uma pessoa diferente.

sábado, 16 de janeiro de 2016

São estas coisas que acabam



A morte do Bowie deixou-me durante algum tempo em flashback (quando soube da sua morte, pelo rádio do carro, ia em viagem, a conduzir, e até me enganei duas vezes num caminho que faço frequentemente, por ir tão distraída).
Toda a minha vida depois dos 13 anos passou na minha mente. Vi um filme a cores.
Foi bonito.
As memórias fizeram-me sorrir na maioria dos episódios e também me deixaram tristes noutros.
Bowie está sempre presente nas ocasiões importantes e no dia a dia, em mim.
Até nas minhas relações amorosas. Em todas elas há episódios com o Bowie com papel principal. Ou eu em papel principal, por gostar tanto do que ele diz, como ele diz, da sua música, da sua imagem...
Disse sempre que só tinha um ídolo e que esse ídolo era Bowie.
Agora foi-se e com ele vou eu um bocadinho.
A última conversa que tive sobre ele, foi no facebok, com um amigo de liceu.
Ele reclamava porque o Bowie tinha anunciado que não dava mais concertos ao vivo.
Eu defendi-o (com mágoa, sem dúvida), porque entendi que se era o que ele queria, tinha esse direito.
Estava doente afinal. Estou farta daquela doença! Farta de ver morrer quem gosto, sempre com a mesma doença!
Resta-me fazer de conta que ele não morreu. Que não se passou nada.
Afinal não digo sempre que sou tão boa a fazer de conta?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Conversitas


"«épater le bourgeois» e assim é que a frase estaria certa. Digamos que esta expressão francesa se aplica aos comportamentos que, por serem inesperados e irreverentes provocam um choque na mentalidade dos que não entendem (e por isso rejeitam) aquilo que ultrapassa a rotina. Sobressaltar o burguês poderia ser a forma portuguesa equivalente. E este poderia ser o caso, por exemplo, das novas correntes artísticas que, afastando-se dos cânones clássicos, se afirmaram a partir do impressionismo do século XIX."

Sou uma mulher sem segredos

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(Não sei quando escrevi isto, nem para quem escrevi. Ficou guardado como rascunho, talvez com receio de ao publicar, ferir susceptibilidades. Nunca tenho essa intenção. Gosto apenas de ver o mundo.)

Este é um email que enviei hoje:
"Estive a ver agora, na rua, o cortejo da queima das fitas do politécnico aqui ao lado. Fenomenal: 3 carros. Um cheiro a álcool no ar perfumava o ambiente.
Pensei nos pais e parentes do estudantes que passavam por mim, enquanto eu estava sentada num muro a comer bolachas Oreo, a sentirem-se extremamente orgulhosos do estado degradante dos seus queridos filhos que vão ser doutores e não consegui vê-los a não ser povo. Povo do campo. Mulheres rosadas de grandes peitos e rabos e homens de boina e boné. Não trouxeram as enxadas.
Cheguei ao meu lugarzinho e da sala do lado vêm gritos de uma professora e de uma dúzia de alunos. Deduzo que fazem um concurso para ver quem grita mais.
Quando passei estavam todos sentados com uma folha de teste à frente. Devem ser modernices que não havia no tempo em que eu dava aulas…

Queres maior absurdo que a realidade que me rodeia?
Um dia destes sou eu que ando de enxada porque vou ter que plantar uns “mimos” para não passar fome.
E olha que eu até como pouco…"
Estou aqui sentada à espera que algo aconteça. Garanto-te que não me mexo. Se a vida tiver que vir, que venha. Se não vier, pelo menos estou confortável. :|
Se a vida fosse feita de episódios, do género telenovela, a minha estava recheada de episódios do tipo Walking Dead. Há pessoas que aparecem na minha vida a desfazerem-se e a desfazerem a vida deles.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Somos todos Bowie!
Deixa-me rir...

(Lamento se ofendo alguém. Esta é a minha revolta.)

sábado, 9 de janeiro de 2016

Delay

Sinto-me mais presa agora.
Não tenho tempo para nada. Preocupo-me o dia inteiro com as refeições, a roupa para lavar e passar a ferro, se eles já estudaram, se têm frio, se disse ou fiz o que era correcto. Preocupo-me.

Como estudo a evolução da confecção, sai-me um vira-casacas

 

Vi no facebook um Grupo Fechado com o nome Alfredo Pimenta. De repente pareceu-me Alberto Pimenta e, curiosa, como era Alfredo e não Alberto, decidi aumentar a minha cultura, já que nunca tinha ouvido falar deste senhor.
Fiquei assim a conhecer o maior vira-casacas da história portuguesa!
De certeza que se não é, não erro por muito...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Lábios de vinho

https://www.youtube.com/watch?v=qQevlj1Xbq0

No bairro alto, eu tou bem alto, no alto do meu raio
Ela cruza a esquina do clube e olha de soslaio
De repente toda a rua fica iluminada,
o tempo pára: tá toda gente congelada
Cena fora, assim do nada tou no meio do “Big Fish”
Tim Burton não me convidou mas quero é que se lixe
só nós dois é que sabemos, só nós dois é que mexemos
só nós dois é que podemos, fazemos e acontecemos
Não páro para pensar vou disfrutar este momento
avanço decidido, em direcção ao monumento
que descubro à medida que me aproximo
Se tu existes Deus existe, eu acredito e confirmo

Deixa-me provar o sabor dos teus lábios, será que são de vinho, será que
são sábios, experimentados?
Será que sim, será que não, será que são, será questão?

Enquanto isto a minha dama ficou pa trás de copo na mão 
a caminho da boca que se ri e faz rir o meu coração
Pois então, porquê tamanha traição?
Não é só a beldade, vai para além de qualquer explicação racional
É natural, ou antes sobrenatural
não sei o que se passa mas não quero chegar ao final deste filme antes da cena de amor, pode ser? Por favor, por favor, por favor...
Deixa-me provar o sabor dos teus lábios, será que são de vinho, será que
são sábios?
Experimentados?
Será que sim, será que não, será que são, será questão?
Carregaram no play: porra, merda, foda-se!
Tou a um palmo de distância dela, porra, merda, foda-se!
Como é que eu me safo desta? porra merda, foda-se!
Porra merda foda-se, porra merda foda-se....
“Tem calma mano tem calma mano tem calma mano tem calma mano tem calma mano tem calma mano tem calma mano tem calma mano tem calma mano tem calma mano tem calma mano tem calma mano”
Não tás a ver bem a cena mano, eu juro que o tempo congelou
E de um momento para o outro cagou e arrancou
Eu não tou a tripar ou pelo menos acho que não
Hoje nem me empreitei, pelo menos acho acho que não
“Não te empreitaste o caralho mano já nem sabes que horas são,
onde estás e o que fizeste desde então
Tás a falar no bairro alto e saimos de lá há uma hora
Tamos no meio da 24, tás a ficar à nora
Pára de morder o lábio essa merda faz-me confusão
Tás todo mamado precisas é dum colchão
Vou-te deixar em casa tás a dar muita bandeira
A tua dama já bazou, numa alta choradeira
Cá pra mim deram-te keta misturada com o md
Tudo bem mexido e o resultado é o que se vê”

domingo, 23 de novembro de 2014

Helena?

Chamava-me Helena, nas conversas que tínhamos. Pedi-lhe que não o fizesse. Que não estava habituada... Que não me reconhecia... Mais tarde voltei a pensar em mim e na Helena que sou e não conheço. Vou-lhe pedir que me chame Helena, para que possa descobrir uma outra eu, uma Helena que pode andar escondida, disfarçada ou até oculta inconscientemente. Uma Helena nova, sem passado, uma Helena que me traga dias diferentes, uma Helena que veja mais os dias e menos o fim deles. Uma Helena que me falta e que se junte a esta confusão que sou, para me reinventar. Tentei mais tarde fazer-lhe esse pedido. Não o fiz. Disse-me que o cansava. E chamou-me Helena.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

"Mi cuerpo, mi sangre, mi templo"

http://vimeo.com/83051597