Seguia para casa sozinha como era já hábito nos últimos duzentos e trinta e sete anos.
O sol estava atrás dela a reflectir no fato de metal pesado que tinha sido usado para matar milhões de seres humanos, numa outra terra, num outro mundo.
Nada a esperava.
Aquele lugar era inóspito e mesmo assim nunca tinha visto uma tão grande miscelânea de seres.
Dah!... Algo lhe roçou na face que ela arredou com a mão.
Que é isto? Um insecto? O bicho (seria mesmo um insecto?) caiu no chão. Será que se podia chamar chão áquilo?
Parou a sua caminhada já que não tinha motivos para ter pressa e um insecto (se é que era um insecto) não se via todos os dias...
Eia! Colorido! Vermelho??? Não. Não pode ser... Devo estar com alucinações daquele tratamento que me fizeram da última vez que fui apanhada pelos Trickets e me raparam os pêlos do braço direito. De um dos braços direitos, para ser mais precisa. Raparam-me os pêlos e raparam-me o braço. Fiquei com um direito e dois esquerdos...
Deixa-me ver outra vez...
Mas é mesmo... é uma joaninha... :)
Apanhou-a com muito cuidado. Aproximou-a do olho para ver melhor e comeu-a.
Cuspiu logo de seguida.
Logo vi. É um brinquedo. E logo havia de ser de metal. Dura de roer... Bah!
Não há que ter pena dos cegos do cérebro.
Há 24 minutos
8 comentários:
A única coisa que me apetece dizer, ou comentar, depois de ler isto, é: marado.
Olha que já nem em lembrava que tinha escrito isto... :)
Ai, ai... ando linda, ando... :)
É bom sinal: de que tem pouca importância. :)
Ah, sim! Foi só um reflexo de fome. :)
Quase parecias a Mylia do Jerusalém. :) Ou fizeste-me lembrar dela. Grande personagem.
Sabes como é Diogo...
Sou uma surpresa tão grande que até eu me desconheço. :)
Gostei particularmente do final inesperado. Confesso que à medida que ia lendo, ma ia perguntado: afinal, como é que isto vai acabar? E acabou muito bem! Fantástico.
Acabou depressa porque eu estava mesmo com fome. :)
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