Não interessa aos libertários saber quantos são, pois nas suas hostes não se recrutam agentes do poder e muito menos se atribuem números aos militantes. (carlos fonseca)

"Sou um bug ou dois na minha vida". (lena berardo)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Corrosão


Enquanto os dias seguem às noites numa sucessão infinitamente grande positiva, eu esmoreço em infinitésimos.
Por vezes a mente reage e percebo que tenho que me mover, nem que seja mover os dedos em cima destas teclas que tenho no colo, mas a apatia do corpo não me deixa. Olho para a frente novamente, as mãos movem-se para um comando que muda os canais de tv aleatoriamente e a fixa num qualquer filme, num qualquer canal.
Já não sei o que vejo.
Estou telecomandada por falta de vontade.
Não interessa. Só quero matar a noite porque sei que a seguir vem mais um dia e eu TENHO que sair de casa e ir trabalhar sem saber também porquê.
Durante os últimos tempos agarrei-me a alguma esperança, a que me forçaram a agarrar, que agora sinto a fugir de dentro do peito.
Parece que escorrega. É gelatinosa e já não a consigo agarrar.
Estes últimos dias foram muito duros e compridos.
O tempo está a corroer-me devagar.
Demasiado devagar...

Sinto-me envolta em gelatina.

4 comentários:

Spark disse...

Hmmmm

Gosto de Morango :P

joaninha versus escaravelho disse...

:D
Eu também e até comi hoje ao almoço.
:)

olinda silva disse...

Eu gosto de gelatina.
Mas de esperança gelatinosa, não!
Não sei do que é que a esperança deve ser constituida, mas se a soubermos de gelatina já não acreditamos nela...tem que ser algo mais consistente...
beijos dos meus...

joaninha versus escaravelho disse...

Pois... :/
Já estou na fase de tentar não pensar, mas essa é uma tarefa quase impossível...
Beijos para ti.