Não interessa aos libertários saber quantos são, pois nas suas hostes não se recrutam agentes do poder e muito menos se atribuem números aos militantes. (carlos fonseca)

"Sou um bug ou dois na minha vida". (lena berardo)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Está explicada a minha inconstância


Não percebo porque me faço tantas questões acerca da vida se sou eu própria que vivo a minha e a construo todos os dias.
Não saía de casa já há bastante tempo, por várias razões, mas dava sempre como "desculpa" o facto de que ando num mestrado e tal e tenho muito que estudar e tal e muitos trabalhos e tal... no entanto a verdade é que andei em mais um dos meus períodos de reclusão. Até deixei de fumar!
Este fim de semana prevendo mau tempo no interior do meu pequeno ser que com o frio cada vez se encolhe mais, e farta de livros, pensei em sair.
Comecei por fazê-lo logo no sábado depois de almoço para ver quais os programas e o que me apeteceria fazer.
Claro está que a escolha é sempre a mesma: música ao vivo.
Assim tinha duas hipóteses (e o Cocas que me perdoe) e escolhi um festival de heavy metal: o Rise of Warriors.
Adorei!
Já não ia a um festival de metal desde que fui ao da Ilha do Ermal (Marilin Manson, Moonspell... sei lá.. até uma tenda de trance psicadélico havia e refiro-me a 2000/01/02????)
Nesse mesmo ano também vi Sepultura. Foi um ano em cheio!
Bem este festival foi uma lavagem total ao meu espírito e "o car..." - que foi a expressão mais dita naquela noite pelos cantores em palco e que dei por mim a repetir enquanto ria à gargalhada!
Não consegui perceber uma única palavra que eles (bandas) tenham cantado, mas a Ana dizia-me que isso era bom. Ainda retorqui que assim não percebia a mensagem e ela repetia que isso era bom. :D
Não contente com isso no dia seguinte, ontem Domingo, fui a uma festa com outra amiga. Esta já tem 70 anos e levou-me a uma festa organizada por uma amiga dela.
Ontem ouvi então um grupo coral de Coimbra - Ad Libitum - que cantaram canções de Natal do vários pontos do Mundo, numa igreja. Foi muito bom!
Limpei o espírito das mensagens satânicas dos concertos do dia anterior.
Ah, as bandas que vi foram: Straight Beyond Last, Switchtense e Pitch Black. Estes últimos form interessantes.
Tinham um som muito pesado e uma particularidade: as músicas são curtas, coisa a que não estou habituada neste tipo de música, mas que também não conheço muito bem.
Mas gostei! Esta foi a banda que gostei mais. Os meus amigos gostaram mais da anterior, dos Switchtense... era mais leve, se é que há metal leve... acho que é sempre heavy...
A seguir perdi a actuação de Pete Tha Zouk mas já não tive coragem.
Estava mesmo muito frio!
Agora tenho pena de não ter ido...
Se apanho outra vez o gosto por sair à noite tenho que comprar um aquecedor de narizes e um casaco até aos pés...

6 comentários:

Spark disse...

Epa, mto fixe! Não conhecia essa tua faceta heavy! \W/

;)

joaninha versus escaravelho disse...

Adoro concertos e todo o ambiente que se vive ao assistir a um seja de que tipo for. Desde música clássica a electrónica minimal...
Só peço que não me levem nunca a ir assistir a concertos do Quim Barreiros.
Recuso-me. Não consigo ouvir aquilo... :/
Aliás, qualquer concerto de música pimba me deixa deprimida. :)

Fragoso disse...

Opá, não sabes o que perdes =D

joaninha versus escaravelho disse...

Claro que sei. Já vi Quim Barreiros e outros que tais. Juro que não consigo mesmo ouvir. :P

Carlos Paiva disse...

De facto as vocalizações guturais valorizam a sonoridade em detrimento da mensagem. Mas o facto é, a sonoridade É a mensagem.

Na musica electronica acontece o mesmo. Numa "festa" de Trance passas aquelas horas todas sem ouvir uma unica frase, poema, ou voz humana sequer, mas é inegável que te são induzidas sensações e estados de espirito.

Consumir as drogas certas para o evento em questão, também ajuda...

No caso do Metal, basta cerveja. Ou então estares verdadeiramente furiosa com alguma coisa...

Pitch Black é bem fixe.

joaninha versus escaravelho disse...

Estou de acordo até um certo ponto mas as letras da música me heavy, black ou dead metal, (sim, sei as diferenças mais ou menos...) têm mensagens assim como os diferentes tipos de som destas correntes que referi dentro do metal.
Não sou nenhuma expert, nem sou sequer apreciadora de metal, mas é uma forma de música e como tal tento sempre perceber o que trasmite.
Quanto ao trance, de que gosto muito, assim como house e minimal, tens toda a razão. O som é suficiente para o que querem transmitir. O que se pretende é apenas que o nosso cérebro e o corpo entre na música e vice versa para que se seja um todo.
Gosto de festas de trance. Quanto às drogas parecem-me necessárias de não te identificas realmente com o que estás a ouvir porque se comunhares realmente com a música não necessitas mais nada. As drogas só despertam os sentidos.
Aproveito para te desejar um bom ano. :)