As famosas eleições que me vão fazer votar amanhã

Amanhã vou votar como já disse aqui no post abaixo em comentário.

Não o faço há muito tempo.

Não gosto de servir de instrumento político, mas também não posso fugir de o ser enquanto não for morar para o tal caixote de papelão em NYC ou me isolar ali no meio da serra, o que é ainda menos provável se não mesmo impossível. Não digo impossível porque já aprendi a não dizer "desta água não beberei".

Fui votar quando fiz 18 anos. Não me recordo que tipo de eleições eram.

Fui votar outra vez, residia em Santa Ovaia, em protesto contra a entrada de Portugal na CEE, como era a sua designação na altura.

Sei e sabia; até porque sempre li muita Bd e nas histórias o mundo acaba todo destruído por um holocausto e não há Sol e há muita água no chão e muitas viaturas voadoras, para algumas pessoas, e outras vivem nos subúrbios; que o futuro passaria por uma união económica pelo menos a nível de algumas nações.

Sim, o holocausto tanto pode ser criado pelo homem como pode vir do espaço de outros mundos como nós bem sabemos ou então ainda pelo embate de algum asteróide desorientado e de grandes proporções que mande isto tudo desta para melhor e aí não há reciclagem que nos safe...

Já me perdi...

Ah, sim! Fui votar!

A senhora engenheira que não era assim chamada na aldeia porque engenheiros só os homens, e só havia um lá na aldeia e que quem é daqui ou de cá perto logo deduz o apelido.

Assim a senhora doutora, eu, lá fui votar.

E pronto! A minha carreira de votante resumiu-se a isso até agora Outubro de 2009 em que me vi numa situação em que o meu local de trabalho está directamente relacionado com a câmara local e há hipóteses de mudar isto.

Sim! A situação está delirante por estes lados.

Não ouço falar de mais nada vá onde vá.

Estamos sem "chefes" há 3 semanas porque os senhores andam em campanha eleitoral. Não se lhes cheira o perfume...

Há um que vai lá porque tem mesmo que ir, mas é tão de raspão que nem o vejo e eu até vejo bem ao longe.

Vi-me então na contingência de ter que me pronunciar e dar a conhecer os meus conhecimentos de política ao mundo pronunciando-me sobre o que sei, não sei, vi e não vi e tive também que perguntar: Como é que é?

Se ganhar este? E se ganhar este? Como é que ficamos?

Mas isto tudo foi hoje já perto da hora do almoço e até me encontrei com o actual presidente da câmara e de repente estava ali tudo o que era lista para estas eleições. (Tenho que sair de casa mais vezes...). Depois fui almoçar ao Fritz porque já era tarde para vir fazer o almoço e estava com fome e eu quando tenho fome fico com falta de açúcar e com pouca paciência...

Entretanto a conversa já só com o meu amigo foi interessante. Dei-lhe algumas novidades com pontos interessantes para ele e ele esclareceu-me o que eu pretendia esclarecido.

Foi uma grande conversa. Mais de duas horas e muito conteúdo.

Saí de lá resignada a que amanhã tenho mesmo que sair de casa para ir exercer o meu direito de voto.

Sim, direito e não dever!

Assim como também tenho o direito de não votar.

Afinal ainda vivo num país Livre.

Mas vou contrariada, isso vou, porque o mais ridículo disto tudo é que vou votar como muitos vão: não para eleger alguém em especial porque se  gosta muito, mas sim para não eleger alguém de quem não se gosta nada.

Isto é triste! Muito triste...