Não interessa aos libertários saber quantos são, pois nas suas hostes não se recrutam agentes do poder e muito menos se atribuem números aos militantes. (carlos fonseca)

"Sou um bug ou dois na minha vida". (lena berardo)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Mal Nascida, Filme Mal Parido ou Os Rapazes das Vacas e sem ofensa a estes últimos


Não tenho escrito sobre as minhas idas ao cinema. Não é coisa de que goste muito.
Quando se vê um filme, vê-se com os olhos, com o coração e com a cabeça.
E cada um tem o que tem...
Depois, a última experiência foi tão má que até sinto vergonha de contar o que vi.
No dia seguinte fui ver na Internet as críticas ao filme e senti-me ainda mais um ET.
Não consigo entender o cinema português dos últimos tempos.
Parece que só se fazem filmes antigos. Como explicar?
Este tinha a ver com o complexo de Electra, segundo li na Internet.
Mas que complexo qual quê?
Se eu tivesse aquela vida também não batia bem da bola.
A minha incompreensão está no facto de só se fazerem filmes assim muito intelectuais, ou então, nos últimos tempos, filmes que têm a ver com cenas de sexo e sexo entre mulheres.
Nas revistas dizem que é uma tendência.
Também acho graça a isto.
Tendência nos meios muito urbanos e ainda mais nos meios artísticos, em que as pessoas são mais livres de preconceitos e quanto mais diferentes forem e derem nas vistas, mais fama poderão conquistar. De resto não vejo tendências por aí...
Também não é assunto que queira abordar. Costumo dizer que "cada um é como é".
Mas voltando ao filme houve de tudo. Foi o filme mais intenso que vi.
Falou-se e viram-se cenas de incesto tanto entre pai e filha, como entre irmãos. Sexo. Houve mortes de martelada, facada, punhalada, tiros. Houve uma cena de pelo menos 5 minutos em que lavaram e vestiram um morto. Com poucos diálogos, como é usual nos filmes portugueses. Morbidez, espaços depressivos, um velório, tristeza e angústia não faltaram. Aliás nem sei que faltou lá... Talvez Amor.
Porque até o Amor de que falaram era doentio.
Filme tão intenso nunca tinha visto e ainda havia um personagem a tocar acordeão desde o meio do filme, que eu já não conseguia ouvir.
Isto tudo aliado a uma luz persistente que vinha do telemóvel da pessoa que estava sentada ao meu lado e que me ofuscava no meio da escuridão continuamente e ainda a um frio terrível que se fazia sentir dentro daquela sala, quase vazia.
Enfim, estas idas até agora tiveram de bom o facto de que gostei do filme "Amália".
Vamos ver oas dois próximos...

4 comentários:

Fragoso disse...

Deixa-me adivinhar, foi o mamma mia??

=P

joaninha versus escaravelho disse...

eheheheh nada disso!
Foi mesmo o "Mal Nascida". É um filme português do Canijo. Não vás ver nunca, a sério. Ficas com uma depressão enorme e pode fazer-te mal :)
Às terças feiras há um ciclo de cinema português, de borla, cá na terra. Sabes que viver na serra devia ter alguma vantagem. Mas não é a ver estes filmes lol

Geraldes Lino disse...

Viva joaninha vs escaravelho
Depois do seu contacto pela caixa de comentários do meu blog, vim ver o seu.
Esteticamente, o grafismo está fora de série.
Gostei de ler alguns dos seus textos, e os seus resmungos contra as fixações da moda nos filmes, em especial nos portugueses. Não vi o "Mal Nascida" mas fiquei com curiosidade de comparar a minha opinião com a sua. Mas também é verdade que eu é mais BD (o que não significa que não goste de cinema, claro, quem não gosta? Há uma constatação curiosa, que fiz há muitos anos, e acho que tem alguma pertinência: nós gostamos dos filmes que vêm ao encontro dos conceitos que temos sobre a vida...
Gostei de ler, na sua apresentação, acerca das séries de BD que você gosta.
Saudações bedéfilas.
Geraldes Lino

joaninha versus escaravelho disse...

Muito obrigada pelo comentário :)
Mas vou dizer-lhe o mesmo que disse ao Fragoso: Não veja o filme!! :)
Vai ficar mal disposto. eheheh
Estou a brincar. É claro que temos todos opiniões diferentes uns dos outros, mas o cinema português, no meu ponto de vista anda muito aquém daquilo que gosto. E gosto muito de cinema. Tanto quanto de BD e desenhos animados. Quanto à sua observação Sobre os nossos gostos cinéfilos é capaz de ter razão. O filme tem sempre que nos dizer "algo" para gostarmos dele.:)