Não interessa aos libertários saber quantos são, pois nas suas hostes não se recrutam agentes do poder e muito menos se atribuem números aos militantes. (carlos fonseca)

"Sou um bug ou dois na minha vida". (lena berardo)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O Amor


(Foto de I.)

É o Amor que me leva,
É o Amor que me embala,
Quando as noites e os dias estão cinzentos cá dentro.
É a vontade, o desejo.
A lembrança dos momentos,
Do toque suave das suas peles,
Dos sorrisos e das gargalhadas,
Das vozes, das brincadeiras,
Dos abraços e dos beijos
Que se dão e se recebem.
Gratuitamente.
Sem se pedirem.
Sem se falarem...
É o Amor das noites
(Todas)
Em que se acorda,
Só porque se ouve uma respiração mais forte,
Lá ao fundo, no outro quarto...
É o Amor de ouvir as queixas,
Os choros pelas injustiças sentidas.
Pela bola que se perdeu.
Pela onda que molhou a cara e lhes tirou o folêgo
(que se cura só com um sopro e um abraço
e um "pronto, pronto, já passou...)
É o Amor que faz um simples beijo
Sarar a mais funda das feridas
E o mais superficial dos arranhões.
Que adormece com um canto
Mesmo desafinado.
É o amor da palmada que se dá,
E que me dói, mais a mim
Que a eles.
(E que perdura nos remorsos)
O mesmo Amor que faz tirar o casaco
Para proteger aquele ser
Indefeso,
Por mais que os anos passem.
É o Amor àqueles olhos que nos admiram
Como se fossemos tudo no Mundo.
Que nos dizem que nos amam.
Que nos une outra vez
numa lembrança irreal,
De termos partilhado o mesmo sangue,
O mesmo calor
De sermos só um.
É a vontade de ter outra vez,
De não aceitar que se foi...
Que se perdeu, que me guia.
Porque nada pode pôr fim
A este Amor!

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