Não interessa aos libertários saber quantos são, pois nas suas hostes não se recrutam agentes do poder e muito menos se atribuem números aos militantes. (carlos fonseca)

"Sou um bug ou dois na minha vida". (lena berardo)

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Preciso mandar para fora

Não falo do Escaravelho há algum tempo...
Nem da Joaninha...
Andam a evitar-se.
Mas o confronto é inevitável. Nem sei porque não resolvem isto duma vez por todas.
Provavelmente a Joaninha vai perder e eu não vou gostar.
Então adio...
O Escaravelho deve andar todo bazófias (como o Mondego).
Mas até o Mondego, apesar das barragenzitas que lhe vão arranjando, se vai abaixo de vez em quando.
Deve andar todo contente a cantar de galo (de pato neste caso).
A Joaninha... bem a Joaninha passa os dias a tentar não pensar muito no Escaravelho.
E quando pensa... ia dizer que lhe saem faíscas pelos olhos, mas não é verdade.
O mal da Joaninha é que não consegue odiar, nem sentir raiva...
Só uma dor muito grande.
Tão grande que lhe ocupa o peito todo e passa para a alma e sai.
E vê-se nos olhos e no sorriso que não existe.

(Nunca mais a ouvi rir como dantes... disseram-lhe.)

Os olhos grandes, como a alma, estão sempre vidrados pela água com sal que teima em correr. E arde na pele...

Refugia-se no sono.
Mas não sonha.
Quando acorda faz o que a consciência lhe diz. Com calma e ponderação. Com Amor...
Pelo Amor que o Escaravelho teima em lhe esconder.

Mais um ano. O tempo não volta, as rugas acentuam-se e as forças vão esmorecendo.
Por vezes nem sabe o que seria melhor.
Desistir talvez?
Talvez não...
Enquanto não sente a resposta vai voando devagar e poisando numa flor para retemperar a força que necessita para mais uma batalha.
(Mas há poucas flores. É Inverno e estamos na serra.)

Acho que ela vai ganhar. Tem que ganhar!

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