Ontem fui jantar com uma amiga e depois fomos a uma festa com uns amigos.
O R. anda triste e eu fico triste por ele.
Se pudesse mudar alguma coisa começava por mudar a minha vida e mudar a vida do R..
Cada um da sua maneira estamos em fases de vida difíceis.
O R. é das pessoas mais fortes que conheço. É parecido comigo.
A vida passou-lhe umas rasteiras de repente e seguidas.
A mim também. Eu ainda lhe ganho em número.
Como eu o R. enfrenta as adversidades, anula a vida pessoal e faz os possíveis e aquilo que muitos consideravam impossível e vai em frente.
Mas está a ficar cansado...
Como eu...
Talvez por isso procuremos tanto a companhia um do outro e desabafemos como se falássemos para nós mesmos.
Um bom amigo! :)
Durante o jantar falei com a C. sobre essas mesmas adversidades que a vida "me tem oferecido".
Não me disse nada de novo. Percebeu isso. No entanto não desistiu e fez os possíveis para que eu pusesse em prática o que penso e deixasse de ter medo do futuro.
Não acredito em nenhum Deus.
Acredito em mim.
Acredito que podemos conseguir se quisermos muito...
Se sou feliz?
Sou, sou feliz...
Sou feliz porque estou bem comigo. Porque faço o que acho correcto. Porque tenho como princípio básico de vida não fazer aos outros o que não quero que me façam a mim. Porque não sinto culpas.
Sou feliz!
...mas ando tão triste...
...uma tristeza lamacenta que me envolve por dentro.
...uma tristeza pesada que torna escuros os dias.
...uma tristeza pegajosa que não me sai das mãos, dos gestos, das palavras. Que me torna mais sensível e intolerante ao que me rodeia e não me agrada.
Que me faz distorcer o que vejo e o que ouço e o que não vejo e o que não ouço.
Uma tristeza que me afunda.
E eu não sei nadar...
Odeio-me por ser forte!!!!!
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