Não interessa aos libertários saber quantos são, pois nas suas hostes não se recrutam agentes do poder e muito menos se atribuem números aos militantes. (carlos fonseca)

"Sou um bug ou dois na minha vida". (lena berardo)

terça-feira, 27 de março de 2007

Eu tento não pensar.
Tento racionalizar as coisas, mas como é que se podem racionalizar sentimentos?
Os meus pensamentos transcendem-me. A vontade não manda.
Estou para aqui o dia, a noite, todos, a tentar separar...
O que sinto disto, o que sinto daquilo...
Não chego a uma conclusão.
Só sinto um vazio e a ansiedade vai preenchendo o espaço. Consome-me.
Saio. Não consigo estar em casa.
Em casa, fico só comigo. Na rua falo de trivialidades e vou adiando por mais algum tempo a hora de voltar a entrar em mim. A conversar comigo...
Tenho que ter uma conversa a sério comigo um dia destes....
Gostava de pôr um ponto final, mas só vejo reticências e pontos de interrogação.
Será que vou ser sempre assim?
Isto há-de mudar ! (digo eu... com os nervos)
Tantas dúvidas, tanta insegurança, tanto medo, tanta vontade de viver!
Querer prolongar os dias, que passam tão depressa, mas querer antever o futuro.
Sim, que eu não me satisfaço com pouco!
Querer tudo e não querer nada.
E vem a palavra dever. Obrigação.
Qual é o meu dever? E a minha obrigação?
E lá vem o meu pai:
"_Tu, tens o dever de cumprir, de fazer, blá blá blá..., porque tu és capaz!"
Capaz! Capataz de mim própria.
Carrasco do meu ser e do meu não ser.
É demais! Faltam-me forças. Desanimo. Volto a acordar. Tenho medo. Escondo-me novamente.
Ciclo vicioso.
Acendo um cigarro. Leio. Ouço música. Fecho o livro. Escrevo. Penso.
E levanto-me.
Mais uma vez...

Nenhum comentário: