Não interessa aos libertários saber quantos são, pois nas suas hostes não se recrutam agentes do poder e muito menos se atribuem números aos militantes. (carlos fonseca)

"Sou um bug ou dois na minha vida". (lena berardo)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O que me assusta é que ainda há homens que pensam assim... :/


“….. Do homem para a mulher, acreditou-se por muito tempo, a amizade é impossível. Tudo se passa, escreve Marie-Odile Métral, “como se [a amizade] fosse uma invenção dos homens para dominar seu velho medo da mulher”. A ligação amistosa aparece então como um meio de “neutralizar a magia feminina, efeito do poder da mulher sobre a vida e de sua conivência com a natureza”. A partir daí, “sujeitar a mulher é dominar o caráter perigoso que se atribui à sua impureza fundamental e à sua força misteriosa”.
Mal magnífico, prazer funesto, venenosa e enganadora, a mulher foi acusada pelo outro sexo de ter introduzido na terra o pecado, a desgraça e a morte. Pandora grega ou Eva judaica, ela cometeu a falta original ao abrir a urna que continha todos os males ou comer o fruto proibido. O homem procurou um responsável para o sofrimento, para o malogro, para o desaparecimento do paraíso terrestre, e encontrou a mulher. Como não temer um ser que nunca é tão perigoso como quando sorri? A caverna sexual tornou-se a fossa viscosa do inferno.” In Jean Deleumeau, História do Medo no Ocidente

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