Não interessa aos libertários saber quantos são, pois nas suas hostes não se recrutam agentes do poder e muito menos se atribuem números aos militantes. (carlos fonseca)

"Sou um bug ou dois na minha vida". (lena berardo)

sábado, 29 de novembro de 2008

O Amor é sempre bem vindo ao jogo

Tenho o coração infiltrado num jogo de computador.
Não sei se ele já percebeu.
Parece-me que quem está infiltrada no meu coração sou eu .
As teclas voam, não param no mesmo lugar e faço um esforço enorme para escrever as palavras que quero escrever.
No entanto escrevo aquilo que não sei, o que nunca disse e nunca senti.
Faço tudo aquilo em que nunca acreditei.
E sinto-me bem!
Busco o incompreensível e o desumano.
A máquina!
Procuro o que não tenho nem quero ter.
Basta não carregar no botão e nunca mais existo. Basta mudar o nome e passo a ser outros. Posso até não ser ninguém e vaguear anonimamente.
E em vez de navegar com a seta da esquerda passo para a da direita.
E ninguém me pergunta nada...
E se derem pela minha falta depressa me esquecem. Outro qualquer preenche o espaço infinito que desocupei, e fui ocupar noutro lugar, empurrando os electrões que compõem estas corrente de ideias, de palavras que se transformam em impulsos eléctricos que ninguém vê, mas sente...
Cada vez que me movo mais rapidamente, cada vez que a mente gera impulsos eléctricos que ejectam os meus dedos à velocidade mach 3, ou 2 :), geram-se ondas electromagnéticas que formam campos de jogos de palavras, emitindo a luz que faz brilhar as estrelas que trago dentro do peito.
E a Aurora boreal sai através dos meus olhos.

- Tens uns olhos bonitos... Parece que se riem...
E fico cega.
E invento histórias e conto a verdade misturada nas ilusões.
O que tenho e não tenho embrulham-se até à exaustão.

O Amor acontece!

Já não sei o que é ou não é.
Já não sei de mim e escrevo mais, mais e mais e é em êxtase que me encontro no penúltimo parágrafo que escrevi e aproveito o último para começar uma nova história.

Um novo capítulo.