Não interessa aos libertários saber quantos são, pois nas suas hostes não se recrutam agentes do poder e muito menos se atribuem números aos militantes. (carlos fonseca)

"Sou um bug ou dois na minha vida". (lena berardo)

domingo, 21 de junho de 2009

Encontros Imediatos - Part 13 - F*d@-s€! Assaltaram-nos os carros!


Começo por pedir desculpa pela palavra escrita no título deste post, mas desta vez os Aliens abusaram ultrapassando todas as marcas!
Não gosto de palavrões. Nem de os dizer nem de os ouvir, mas naquele fim de tarde, quando cheguei ao carro, depois de me terem dito o que tinha acontecido e eu ter subido aquela encosta íngreme e cheia de ervas que me arranham as pernas, não me lembrando sequer da existência de cobras, esse bicho horrível que por ali habita, dizia eu, quando cheguei ao carro, o abri e vi que me tinham levado a mala com as minhas cenas todas lá dentro... não sei quantas asneiras disse!
Dizia uma e pedia desculpa e dizia logo outra de seguida...
Desta vez tenho testemunhas em como eles existem mesmo.
Desta vez os Aliens resolveram não deixar só em mim as marcas da sua existência.
Os carros dos meus amigos também foram assaltados e ao P. até lhe levaram os tapetes do carro.
Chamámos a autoridade terrestre ( aqueles senhores que utilizam uns meios de transporte brancos e verdes e dos quais na maioria das vezes fazemos os possíveis para não os encontrar. Tentamos é não falar com eles...).
Foi a confusão total!
Não queriam vir. E nós não desistimos. Insistimos e eles lá vieram.
Depois outro stress: afinal não era da jurisdição deles aquela área.
No entanto desta vez foram mais atenciosos e uniram-se a nós para aniquilar os alienígenas invasores de automóveis alheios.
Trataram de tudo através dos modernos meios de comunicação (os telemóveis), mas eu acho que os Aliens interceptam esse tipo de coisas...
Bem a tarde foi longa...
Decidi ir comer uma caldo verde, umas sardinhas, beber um vinhito a acompanhar, num arraial, já que uns amigos me convidaram e eu não podia fazer mais nada.
Depois é que fui ao posto dos senhores agentes da autoridade.
A aventura não tinha fim...
Fui buscar uma chave de minha casa ao F. depois de as ter pedido à P., que tem umas suplentes com ela, para os dias em que eu me esqueço das chaves em casa, o que acontece frequentemente(os Aliens levaram-me a mala e tudo o que estava lá dentro, claro, e isso incluía as chaves de casa) e só depois fui ao Posto da GNR.
Enquanto lá estive fui abordada de uma forma muito agradável. Não vou descrever os diálogos que tive com o senhor agente. Digo só que antes de lhe dizer alguma coisa tinha que respirar fundo e pensar no que lhe diria. Talvez porque ainda não tinha ido a casa tirar as indumentárias que tinha levado vestidas para a ida ao rio. Mas fiquei a perceber que o senhor agente sabia muito acerca de mim. Até sabia a minha profissão...
Também não vou divagar sobre a cultura dos nossos agentes de autoridade mas posso dizer que estive ali sentada muito tempo e a leitura do trabalho final mostrou-me algumas palavras desconhecidas...
Fiquei a saber que o ataque alienígena fez-se sentir num grande raio. Desde Coja até ao Parente (local onde nos encontrávamos.
Ah! O S. escapou! Não lhe abriram o carro porque é daqueles que não tem fechadura. Foi o único que escapou. Pelos vistos o P. foi o mais prejudicado...
Finalmente chega o P. ao posto.
Eu saio e vou para casa. Quando acabei de tomar banho tocou o telefone.
-Senhora dona Helena Berardo?
-Sim...
-É da GNR. Importa-se de voltar aqui ao posto? Ficou por preencher o montante dos prejuízos...
-Com certeza. Já aí passo...
E patati patata
Ainda lá estava o P.
Eram 12h33m...
De repente começaram-se a ouvir gritos e portas a bater.
Um grande alarido!
Dou por mim fechada numa sala, sozinha.
O barulho de vozes era intenso. Vozes masculinas. Gritos de provocação.
Uma grande confusão!
Não me atrevi a sair daquela sala. Pensei: "Com a sorte com que ando ainda levo alguma murraça..." :/
O senhor agente voltou passado pouco tempo e eu indaguei-o.
-Foi uma pessoa que passou em frente ao posto e decidiu mandar uma garrafa de cerveja contra a porta.
-Putos? - perguntei.
-Não. Já deve ter uns trinta anos...
Finalmente fui embora afogar as mágoas em conversas e gins tónicos com os amigos e descobrimos mais um de nós que também tinha sido assaltado no outro local onde costumamos ir.

Pelo menos já há alguém que acredita que andam por aí uns seres esquisitos...

11 comentários:

DUKE disse...

Um processo de catarse é sempre tão mais eficaz, quanto a natureza do líquido que lhe serve de combustível.

Neste caso, a minha "weapon of choice" seria um Bushmills puro.

Espero que já estejas mais refeita desse irritante episódio, "to say the least".

E ainda dizem que o Dexter não tem o seu "quê" de justiça poética!
Anda aí muita craturinha que precisava de um serão com esse adorável "Miami police forensics"!!
Bjs

joaninha versus escaravelho disse...

Se soubesses tudo o que é preciso fazer para voltar a ter os documentos...
Além de que tive que trocar a fechadura de casa e avisar o administrador do condomínio e tudo o que é necessário fazer para voltar ao normal.
Ao tentar pedir o Cartão de Cidadão (nome modernaço do BI antigo, também já anteriormente chamado de CU - abreviatura de Cartão Único :) )
disseram -me que necessitava de duas testemunhas porque não tinha comigo o passaporte, que é o único documento com fotografia que não me roubaram.
:D
A minha vida é muito engraçada.
Apareceram logo ali duas pessoas que eu conheço perfeitamente. :)
A minha vida cada vez que desce três degraus, sobe um... :/
Quanto a beber sou muito esquisita.
Gosto de vinho tinto, vinho verde e gin. Just...

Fragoso disse...

Eia atão!! :|
Bem, que cena... mas só te levaram a mala? e os auto-rádios?
eles devem ser mesmo aliens, um ladrão normal não se ia dar ao trabalho de levar tapetes... (às tantas existe mercado negro para tapetes de carro)

AP disse...

Fiquei estupefacto com este post! Foste assaltada em Côja?! Vou a Côja desde 1978, conheço aquela terra e aquela gente há anos e anos e nunca pensei que fosse possivel tal acontecer em Côja! Aliás, eu sempre disse que conhecia um sitio onde ainda é possivel deixar as chaves ou no carro ou na porta de casa que nada acontece!

joaninha versus escaravelho disse...

Sei que o roubo de documentos foi queixa geral. Devem ter sido uns 10 ou 11 assaltos nessa tarde.
Provavelmente um dias destes anda por aí o "meu carro" a assaltar bancos... :/
Também achámos estranho não levarem os rádios...
Tinha a mala cheia de coisas, duas caixas com óculos de sol no banco da frente. Não mexeram em nada. Foi um trabalho rápido. Os tapetes realmente eram novos e bons. Deviam estar a precisar... :)

joaninha versus escaravelho disse...

AP: Gosto da frase "Este Mundo é um quintal" :)
Fui assaltada no Parente que é uma povoação já do concelho de Vide. No entanto as queixas de assaltos nesse dia começaram em Côja.
É assim... já me disseram que é da "crise". Não sei... :/
Mas a zona é muito bonita, não é? :)

AP disse...

Eu conheço também Parente! Acho muito triste haver esse tipo de cena por ali, mas se calhar é mesmo a crise!

Sim aquela zona é mesmo muito bonita, sempre que quero nivelar os niveis de sanidade mental vou até lá :)

Não sei se já foste, mas a Fraga da Pena e a Mata da Margarça são também sitios muito bonitos.

António disse...

eh eh eh
C´a ganda metralhice!
Isto não está fácil, já n há larápios profissionais, aqueles q toda a gente conhece...como os metralhas!

joaninha versus escaravelho disse...

AP: Moro nesta zona há 19 anos. Conheço-a relativamente bem e esses dois lugares são dos mais famosos turisticamente. Não gosto de viver cá mas reconheço que é lindíssima. Mesmo a aridez da Serra me seduz e depois tem aqueles "oásis" do tipo do Covão da Metade... Rendi-me aos seus encantos, mas só para passear. Percebo isso da sanidade mental...
Vou para o rio, depois das 17h, sempre que há sol e tenho possibilidades disso. O que acontece muitas vezes e já há muitos anos. Nunca se tinha passado nada do género. Também ficámos abismados. Mas garanto-te que agora já não vou para ali (imagem abaixo) tão depressa.
E tenho pena...

António (amigo, não tens dado muitas notícias :( ...)
Olha aqui chamamos Mitras aos Metralhas dos tempos modernos.
E francamente já nem quero saber dos documentos e dos tapetes... o que mais me está a custar perder era uma "coisa" que tinha dentro da mala e que não vou nunca conseguir substituir...
Uma prenda do meu filho... a última.

António disse...

Muita pena, realmente...deixa lá, vais ser recompensada de certeza...

Um beijinho grande para ti

joaninha versus escaravelho disse...

Outro para ti! :)*