Não interessa aos libertários saber quantos são, pois nas suas hostes não se recrutam agentes do poder e muito menos se atribuem números aos militantes. (carlos fonseca)

"Sou um bug ou dois na minha vida". (lena berardo)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Eu sei que sou uma pessoa ridícula


Hoje não tive muito tempo para nada. Estes últimos quatro dias com esta malvada herança do meu avô trouxeram-me ainda trabalho atrasado. E eu não gosto de atrasos. De nenhum tipo!
Mesmo assim consegui visitar uns blogs que nunca tinha visitado, escolhidos aleatoriamente e aprendi uma coisa nova: podemos ser seguidores de nós mesmos!
Passo a explicar, que isto de pensar muito só com os botões por vezes é traiçoeiro e já dei por mim a falar de coisas que ninguém percebeu porque, como é normal, as pessoas normais não lêem pensamentos. Muito menos os meus. Por falar nisto já pensei nesse assunto muitas vezes.
Tenho pensamentos que não tenho interesse nem desejo nenhum que as pessoas que se encontram à minha volta saibam o que estou a pensar. Nestas alturas olho em redor para ver se descortino algo nos rostos que me diga que "me estão a ler". Ridículo, eu sei.
Adiante. Descobri então que há pessoas que são seguidoras dos seus próprios blogs.
Só não percebi bem porquê...
Será que são sonâmbulas e escrevem a dormir e assim de manhã, quando acordam, sabem sempre que têm novidades?
Não me quer parecer...
Deixa-me pensar enquanto espreito aqui pela varanda, já que estou na varanda, são 19h47m, está um tempo magnífico, tenho uma paisagem fantástica e cheira-me a peixe assado. Não vi ninguém a assar peixe ali fora o que significa que vão ficar com um perfume extraordinário dentro de casa.
Acabei agora de usar vários adjectivos que considero fortes e não é meu hábito. Deve ser do Sol. Ou dos pólens que me obrigaram a ficar fechada em casa nestes dias e me avariaram ainda mais um pouco esta linda cabecinha...
Estou com dificuldade de concentração porque nestes últimos quatro dias além de tossir, tomar corticóides, anti-histamínicos, antibióticos, antipiréticos, chá e sumo, acho que além disso, que eram coisas que se faziam num instante, fora o ter estado quatro horas à espera de ser atendida pela médica, dizia eu, além de me ter intoxicado em medicamentos a única coisa que fiz foi dormir.
E se dormi!!!
Claro que não mais de duas ou três horas seguidas, mas dormi!
No meio de quatro vezes 24h... façam as contas, que eu este ano estou de licença sabática.
Assim porque fiquei doente, porque tive que ir ao campo, no sábado, esconder-me atrás dumas ervas altas que me fizeram logo imensa comichão e de me ter andado a queixar o resto da noite, para fazer a simples coisa que os homens fazem encostados a uma árvore em pé, vou sair outra vez, agora mesmo e não sei quando voltarei a colocar os pés dentro desta minha humilde casinha, mesmo com uma varanda tão simpática como esta onde vejo o horizonte a muitos quilómetro de distância, com um pôr do sol lindo e vermelho e laranja, onde ouço as rãs a coaxar lá em baixo num poço aberto para o mundo, com um campo cultivado com morangos, feijões e batatas (acho, não percebo muito de agricultura) e com uns corvos a esvoaçar a ver se lhes corre bem a vida no meio do chilrear dos passarinhos, que também não sei quais são.
É tão bonita a Primavera, não é?

Isto tudo para dizer que aprendi hoje que nos podemos seguir a nós próprios.

Será que é assim que somos verdadeiros?