Não interessa aos libertários saber quantos são, pois nas suas hostes não se recrutam agentes do poder e muito menos se atribuem números aos militantes. (carlos fonseca)

"Sou um bug ou dois na minha vida". (lena berardo)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Quem inventou a palavra "Apgar"?


Comando sem pilhas.
Vida repetida sem rumo definido.
1...2...3........ 49...50...
Percorro os canais que nada me dizem.
6 da manhã. Noite ainda.
Os dedos não seguem pensamentos distorcidos pelo contágio da noite.
Noite. Ruído sem nexo repetitivo.
Vida. Sono. Morte. Vida.
Dormir é o que se impõe!
Sonhos.
O melhor é não pensar nisso.
De cada vez que se abre o lado esquerdo do cérebro (ou o direito, sei lá, o que comanda os sonhos...) há qualquer coisa que me diz assim:
Lena , não penses nisso. O melhor é estares quietinha. Já sabes no que dá.
E afundo-me no meio dos lençóis ou das letras dos livros ou no teclado deste computador.
Este computador tem sido o meu amigo mais chegado.
Acompanha-me, ouve-me. Apanha tudo o que lhe digo e regista e não esquece.
Não é como eu que ando a ficar cada vez mais distraída e mais esquecida.
Este post, por exemplo, não vai ter nexo nenhum.
Mas também que importa?
O que é que tem nexo na vida que tenho?
O tempo passa a ritmo alucinante (menos o dia de hoje que nunca mais acabava...).
Comigo nada é linear.
Nada se resolve. Cada dia que passa traz alguma coisa que não quero. que passava bem sem ela...
E de cada vez que começo a pensar em coisas sérias penso logo em ver um filme.
Viver outras vidas para esquecer a minha.
Vida vazia sem sentido.
Sem nexo.
No fundo o que faço é tentar viver a futilidade.
O que eu dava para viver a futilidade!
Não ter que pensar...
Não ter que fazer...
Não existir...
Ser um boneco automatizado sem sentidos. Nem sentimentos.
Não cheirar, não ouvir, não falar... não ver... não sentir... não sentir com aquilo que me sufoca aqui dentro do peito...
Apagar

À nascença temos um "apgar".
Na morte um... "apagar".

2 comentários:

António disse...

Concerteza que conheçes:
"pensas que eu sou um caso isolado, não sou o único a olhar o céu, a ver as nuvens partirem e á espera que algo aconteça, a despejar a minha raiva a viver as emoções...e quando as nuvens partirem o céu a zul ficará..."
Mas o céu quando fica azul? Ou as nuvens não partem ou não reconheço o azul do céu...
Acredita que não és a única...
Com a idade as nossas mentes tornam-se traidoras do nosso equilibrio e descanço...as mentes abrem-se a novas ideias e depois nunca mais voltam á sua forma original... vão-nos enchendo de desassossegos.

Bj

joaninha versus escaravelho disse...

Já viste que entre o nascimento e a morte a única coisa que ganhamos é um "a"?

Apgar versus Apagar...